Uma
Biofarmacêutica, chega em casa com sua família (marido e três meninas),
coloca as crianças pra dormir, toma um banho e vai se deitar, cansada.
Horas depois, acorda com um barulho e algo que incomoda suas costas.
Havia tomado dois tiros, percebe. Devido a perda de sangue e a dor, ela
desmaia, acordando momentos depois, cercada de vizinhos, que afirmam ter
sido um assalto. Seu marido está na sala com uma corda enrolada ao
pescoço.
Maria
da Penha Maia Fernandes não se enganou. Tendo vivido anos suportando as
atrocidades que vivia com o seu conjugue, sabe que ele havia forjado um
assalto para poder assassiná-la e não ser incriminado com isso. Mal
sabia, que aquele seria o último banho que ela tomaria sustentando-se
com suas próprias pernas, pelo resto de sua vida. Maria da Penha, depois
de passar meses no hospital, volta pra casa, e seu marido que não havia
sido incriminado tenta a matar mais uma vez, ela está no banheiro,
quando ele tenta eletrocutar a esposa, sem sucesso.
Dezenove
anos depois das duas tentativos de homicídio, seu marido, Marco Antônio
Heredia Viveros foi condenado à oito anos de prisão, porém ficou preso
apenas dois desses, devidos à recursos jurídicos. Em 2006, ela foi
homenageada dando seu nome à lei 11.340, assinada pelo presidente Lula. O
caso deixou claro, para a sociedade, que a violência doméstica
independe de classe social e nível de escolaridade. Depois da Lei Maria da Penha, o número de ligações para o número 180(Central de Atendimento à Mulher) aumentou em até 600%.
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